O que fazer em Colonia del Sacramento
Vocês sabiam que na pontinha do Uruguai existe uma cidadezinha repleta de azulejos azuis, arquitetura e muita coisa que remete aos portugueses? Essa cidade se chama Colonia del Sacramento, pequena cidade que há muitos anos virou cabo de guerra entre Portugal e Espanha por domínio de seu território.
Fundada em 1680 por portugueses, o centro histórico da pequena cidade foi reconhecido pela Unesco como Patrimônio da Humanidade. Além da capital uruguaia e de Punta, Colonia costuma ser muito visitada por brasileiros que vão a Buenos Aires, pois menos de 100 km separam as duas cidades, que são divididas pelo Rio de la Plata.

Como chegar a Colonia do Sacramento de Buenos Aires
É possível fazer o trajeto de barco e inclusive levar o carro, o que obviamente encarece muito a viagem e não vale a pena, a não ser que você pretenda viajar pelo Uruguai e não somente ficar em Colonia. A empresa mais conhecida e com mais rotas se chama Buquebus e recomendo que acesse o site oficial pra ver os horários e respectivos preços, que mudam de acordo com a cabine escolhida, duração do percurso, etc.
OBS: A duração do trajeto com essa empresa é de em média 1:15 e tem no mínimo 3 saídas por dia.

Outras duas empresas oferecem serviço similar: Seacat Colonia e Colonia Express (essas costumam ser as mais baratas, com destaque pra essa última). Recomendo que compre a passagem com um pouco de antecedência, pois o preço na hora pode ser mais caro e você ainda corre o risco de não ter mais disponibilidade. Além do mais, chegue pelo menos 1h antes de embarcar, pois será preciso passar pela imigração.
Caso esteja em Montevidéu de carro alugado a distância a ser percorrida é de 180 km de estrada boa, lembrando que você não vai utilizar o carro pra praticamente nada em Colonia e que a gasolina no Uruguai passa de R$7 o litro (valores jan/2019).

A opção mais interessante e cômoda é contratar agências que oferecem bate-volta da capital à cidadezinha, o que traz certo conforto e tranquilidade de poder beber um vinho mais sossegado sem se preocupar de pegar estrada. Sugiro que pergunte no balcão do seu hotel.
Caso queira dormir uma noite em Colonia, o que recomendo, pode optar pelo ônibus de linha da COT, e com certeza essa será a a opção mais econômica. Há diversas saídas diariamente e o único contra é ter que se deslocar da rodoviária ao centrinho, ficando a mercê dos táxis.
O QUE FAZER EM COLONIA DEL SACRAMENTO
Como fiquei em Colonia dois dias e duas noites, tive tempo suficiente pra fazer tudo que queria e ainda curtir o hotel, que na ocasião foi o Dazzler e dediquei um post só pra contar sobre minha experiência.
E respondendo à pergunta central desse post essa é a melhor parte: NADA! O delicioso de Colonia é simplesmente isso, se dar o luxo de fazer vários nadas! 🙂
Percorrer o Centro Histórico sem pressa, tomar um vinho enquanto a chuva cai, fotografar o fim de tarde no Rio de La Plata ou tomar um café com bolo nos dias mais frios nas diversas e charmosas casas de chá foram uns dos meus programas favoritos durante minha estadia.


Ao chegar no Centro Histórico dirija-se para o Centro de Informações Turísticas para pegar o mapa e comprar o ingresso dos museus, que não são vendidos nos mesmos. Ao comprar você adquire entradas para quase todos os museus do centrinho, que são pequenos e de rápida permanência.
Logo ali você vai se deparar com o Portão da Cidadela, lugar pitoresco que quando passamos parece que viajamos no tempo. Rodeado de muralhas bem conservadas e casarões em estilo colonial, a ponte de madeira com certeza renderá bons cliques.


Algo que vale a pena visitar é o Farol, onde podemos ver a cidade do alto e também a paisagem do Rio de La Plata, sendo possível avistar inclusive Buenos Aires. A entrada é bem baratinha (30 pesos uruguaios) e as escadas, apesar de apertadinhas, valem a pena o esforço. Torça pro tempo estar bom, pois do contrário o farol fica fechado.




Não deixe de caminhar pela Calle de los Suspiros, a rua mais fotografada da cidade e que é de fato encantadora. Nostálgica, romântica, piso de pedras portuguesas, casarões antigos e coloridos fazem dela puro charme. Algumas lendas circulam por ali e tentam justificar o seu nome, sendo a mais famosa a história de que era por lá que os condenados passavam pra seguir rumo ao Rio de La Plata, onde eram mortos e jogados na água.

Sobre os museus, separe um tempinho para os mesmos, especialmente para o Museu dos Azulejos, caso você seja um apreciador. Lá estão em exposição os mais antigos azulejos do país, assim como coleções antigas de outros países. A atração começa inclusive na fachada do museu, um casarão antigo todo erguido em pedras no século XVII.

Não deixe de apreciar o pôr do sol com vista para o Rio de La Plata em hipótese alguma. Pôr do sol é algo bonito por natureza, mas no Uruguai parece ser mais especial. Em uma ocasião estávamos no hotel quando pah! nos deparamos com um céu avermelhado espetacular, tendo sido um dos mais bonitos da viagem.

Caso esteja no centro histórico, um bom lugar pra apreciar o fim da tarde é no Porto de Iates.


Em relação aos comes e bebes, achei que a cidade tem muito a melhorar. Pode ter sido má sorte minha, mas achei o serviço péssimo e extremamente lento. O curioso é que eles mesmos pareciam saber disso, tanto que diversas vezes nem nos cobravam os 10% de gorjeta. Portanto, não vá com muita sede ao pote.
A cidade parece que parou no tempo – num sentido positivo – mas em relação ao serviço num sentido bem negativo. Além de tudo caro, achei tudo bem ruim, tanto que uma vez acabamos jantando no hotel e foi a melhor refeição que fizemos na cidade. Contei a experiência em outro post.

Caso esteja sem carro ou queira percorrer a cidade de um jeito inusitado uma boa opção é alugar um carrinho elétrico de golfe, bastante utilizado pelos turistas que visitam a cidade. Você vai se deparar com inúmeros deles.

Após dois dias de estadia, rumamos para Montevidéu, e nos próximos posts vou contar sobre minha experiência na capital do país. 🙂
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